O ciclo reprodutivo se inicia com o voo nupcial, quando as formas aladas conhecidas como “aleluias” ou “siriris” ganham os ares. Normalmente, esses enxames de cupins alados ocorrem quando umidade do ar está alta e o tempo quente. Durante o voo, não há cópula, mas os parceiros são escolhidos e, quando estes insetos perdem suas asas, é hora de escolher um lugar para a formação do cupinzeiro, que se inicia com a escavação de uma galeria terminando na “câmara nupcial”, quando finalmente ocorre a cópula e as posturas. As primeiras formas jovens serão criadas pelo casal real e originarão ninfas, que se diferenciam para assumir todas as funções da colônia, exceto a reprodução. Algumas ninfas podem ter o amadurecimento dos órgãos sexuais sem que desenvolvimento geral se complete; recebem então o nome de reprodutores de substituição, com a função de substituir o casal real em caso de morte. A rainha, muda consideravelmente após a cópula, devido ao desenvolvimento de seu aparelho reprodutor, ficando com um abdome exageradamente grande.
Os principais tipos de cupins são os de madeira seca, de madeira úmida, subterrâneos, de gramado, de montículo e arborícolas. Como pragas urbanas, destacamos os cupins de madeira seca e os cupins subterrâneos, que causam enormes prejuízos em todos os tipos de construções como casas, edifícios, escolas e museus.
Os cupins de madeira seca geralmente constroem seus ninhos dentro do próprio material de alimentação. Após a formação de casais, os siriris (aleluias) perdem as asas e penetram em orifícios e frestas de móveis ou no madeiramento das casas como forros, estrutura de telhados e divisórias. O crescimento dessas colônias é lento. Porém, quando o proprietário percebe, o móvel já pode estar em fase avançada de infestação. A primeira medida para o controle de cupins de madeira seca é a remoção da madeira atacada. As peças ou móveis que não podem ser eliminados são tratados com cupinicidas ou outros agentes químicos. Uma boa medida preventiva é o bloqueio do acesso dos siriris. Em época de revoadas – geralmente em setembro – deve-se manter as janelas e portas fechadas, principalmente no final da tarde.
Apesar do nome, estes cupins costumam criar uma rede de ninhos ao redor da construção, invadindo e estabelecendo novos ninhos em diversos locais: espaços entre estruturas, ornamentos (sancas, tetos rebaixados), vãos livres e frestas. As colônias podem subir e construir ninhos nos andares superiores dos edifícios. Percebemos a presença destes insetos pela formação de túneis sobre paredes, no interior de armários e caixas de eletricidade. O controle de cupins subterrâneos é realizado nos espaços de nidificação, aplicando-se um cupinicida diretamente onde já ocorrem ou possam ocorrer as colônias. Uma segunda medida é a criação de uma barreira química em volta da construção, com a perfuração e aplicação de cupinicida. Somente empresas controladoras de pragas têm autorização para a aplicação dessas substâncias. Como medida preventiva, deve-se evitar o descarte de entulhos de obra em “caixões perdidos” dentro de edifícios e também ao redor da construção, que favorece o ataque das colônias. Inspeção e plano de ação. A inspeção local é uma etapa fundamental para verificação de elementos facilitadores da infestação de cupins (acesso, abrigo, água e alimento) e deve ser realizada por nossos profissionais capacitados, antes de qualquer diagnóstico final. A partir da identificação e documentação de sinais de presença ou condições favoráveis para a instalação, é elaborado um plano de ação para o controle da infestação, com a execução de medidas preventivas ou corretivas. Os locais e estratégias para o tratamento químico são levantados nessa etapa.
A estratégia inicial utilizada para o controle de cupins subterrâneos é a localização e remoção da colônia, quando possível. Frequentemente, o acesso às colônias é complexo ou inviável. Parte-se, então, para o controle químico. Usualmente, realiza-se a aspersão de uma calda química ou polvilhamento de pó cupinicida que age contaminando os cupins operários, que por sua vez levam o produto até a colônia, matando a rainha. Para prevenção de novas infestações, é criada uma barreira química no entorno da edificação. Essa barreira consiste em furos na parte exterior da estrutura, com 30cm de espaçamento, em média. Nestes furos, aplica-se a calda química cupinicida, que penetra o solo. Para o controle de cupins de madeira seca, o descarte de peças ou partes atacadas é a primeira opção. Na impossibilidade de descarte, realiza-se a aplicação por injeção ou aspersão de uma calda cupinicida na madeira atacada.